sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Surpresa Boa



















Essas imagens são do blog do Carmo Dalla Vecchia. Gente, é tão bom ver que além de um rosto bonito existe muito conteúdo também. Uma grata surpresa para depedir-me de um ano dfícil.
Blog do Carmo:

sábado, 22 de dezembro de 2007

Natal



Vinicius de Moraes


Para isso fomos feitos:

Para lembrar e ser lembrados

Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —

Por isso temos braços longos para os adeuses

Mãos para colher o que foi dado

Dedos para cavar a terra.

Assim será nossa vida:

Uma tarde sempre a esquecer

Uma estrela a se apagar na treva

Um caminho entre dois túmulos —

Por isso precisamos velar

Falar baixo, pisar leve, ver

A noite dormir em silêncio.

Não há muito o que dizer:

Uma canção sobre um berço

Um verso, talvez de amor

Uma prece por quem se vai —

Mas que essa hora não esqueça

E por ela os nossos corações

Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:

Para a esperança no milagre

Para a participação da poesia

Para ver a face da morte —

De repente nunca mais esperaremos...

Hoje a noite é jovem; da morte, apenas

Nascemos, imensamente.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ao ID


"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."
M A R A V I L H O S A - Clarice Lispector -

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Tempo

Sem tempo para postar :(
Correria total nessa reta final de ano...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

A Educação Sob Rótulos


A educação é um dos processos culturais que mais de desenvolveu ao longo dos anos. O ser humano na sua busca incessante pelo seu aprimoramento, diversificou em suas técnicas introduzindo teorias que fossem capaz de adequar-se ao cotidiano do receptor, o qual resultou em modificações do caráter educacional passado nos ensinamentos das escolas. O aluno era coagido a pensar assim como a sociedade impunha, suas idéias eram baseadas em conceitos pré-estabelecidos, assim como as normas a seguir. A política teve uma forte influência sobre esses métodos que acabaram ficando mais vigorosos com aplicações de leis em que tudo que aspirava inovação era visto como uma afronta e o ser pensante simplesmente era inativo, moldado a ser exatamente como os governantes idealizavam. Como falar em crescimento num momento de censura?
Mesmo com todos os aspectos o homem foi criado para ser livre, ter pensamentos soltos e ser capaz de lutar contra as impostas imperfeições (ou convicções, definições). E dele parte a capacidade de adequar o seu mundo a sua realidade, de forma a não ser só mais um na multidão.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Fofuras


Minhas fofuras: Jolie and Matt, rs
Eles são minhas companhias para dormir. :)

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Desenho

Super suspeita para falar, mas o melhor desenho na minha concepção. Caverna do Dragão foi exibido originalmente entre 1983 e 1986 (estava nascendo! rs). Inspirado no jogo de RPG, contou com 27 episódios divididos em 3 temporadas. O desenho foi o maior sucesso e até hoje tem seus fãs espalhados pelo mundo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

COMO SE AMA?

Arnaldo Jabor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referências. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que..., você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Quando a mão dele toca na sua nuca,você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim,você é inteligente. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fetucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora... Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível; honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Estudos




E assim começa a semana...provas, trabalhos, seminários. Uma loucura! A faculdade está a mil e eu tenho que dar conta de tudo, senão já viu né.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Valente Menina!

Rubem Braga

DEBRUÇADO cá em cima, no 13.° andar, fiquei olhando a porta do edifício à espera de que surgisse o seu vulto lá embaixo.
Eu a levara até o elevador, ao mesmo tempo aflito para que ela partisse e triste com a sua partida. Nossa conversa fora amarga. Quando lhe abri a porta do elevador esbocei um gesto de carinho na despedida, mas, como eu previra, ela resistiu. Pela abertura da porta vi sua cabeça de perfil, séria, descer, sumir.
Agora sentia necessidade de vê-la sair do edifício, mas o elevador deve ter parado no caminho, porque demorou um pouco a surgir seu vulto rápido. Desceu a escada fez uma pequena volta para evitar uma poça de água, caminhou até a esquina, atravessou a rua. Vi-a ainda um instante andando pela calçada da transversal, diante do café; e desapareceu, sem olhar para trás.
"Valente menina!" — foi o que murmurei ao acaso lembrando um verso antigo de Vinicius de Moraes; e no mesmo instante me lembrei também de uma frase ocasional de Pablo Neruda, num domingo em que fui visitá-lo em sua casa de Isla Negra, no Chile. "Que valientes son las chilenas!" dissera ele, apontando uma mulher de maiô que entrava no mar ali em frente, na manhã nublada; e explicara que estivera andando pela praia e apenas molhara os pés na espuma: a água estava gelada, de cortar."Valente menina!" Lá embaixo, na rua, era tocante seu pequeno vulto, reduzido pela projeção vertical. Iria com os olhos úmidos ou sentiria apenas a alma vazia?
"Valente menina!" Como a chilena que enfrentava o mar, em Isla Negra, ela também enfrentava sua solidão. E eu ficava com a minha, parado, burro, triste, vendo-a partir por minha culpa.
Deitei-me na rede, sentindo dor de cabeça e um certo desgosto por mim mesmo. Eu poderia ser pai dessa moça — e me pergunto o que sentiria, como pai, se soubesse de uma aventura sua, como essa, com um homem de minha idade. Tolice! Os pais nunca sabem nada, e quando sabem não compreendem; estão perto e longe demais para entender. Ele, esse pai de quem ela falava tanto, não acreditaria se a visse entrar pela primeira vez em minha casa, como entrou, com sua bolsa a tiracolo, o passo leve e o riso nervoso. "Como você pensava que eu fosse?" Lembro-me de que fiquei olhando, meio divertido, meio assustado, aquela mocetona loura e ágil que só falava me olhando nos olhos, e me fez as confissões mais íntimas e graves entremeadas de mentiras pueris — sempre me olhando nos olhos. Disse-me que a metade das coisas que me contara pelo telefone era pura invenção — e logo inventou outras. Senti que suas mentiras eram um jeito enviesado que ela tinha de se contar, um meio de dar um pouco de lógica às suas verdades confusas.
A ternura e o tremor de seu duro corpo juvenil, seu riso, a insolência alegre com que invadiu minha casa e minha vida, e suas previsíveis crises de pranto — tudo me perturbou um pouco, mas reagi. Terei sido grosseiro ou mesquinho, terei deixado sua pequena alma trêmula mais pobre e mais só?
Faço-me estas perguntas, e ao mesmo tempo me sinto ridículo em fazê-las. Essa moça tem a vida pela frente, e um dia se lembrará de nossa história como de uma anedota engraçada de sua própria vida, e talvez a conte a outro homem olhando-o nos olhos, passando a mão pelos seus cabelos, às vezes rindo — e talvez ele suspeite de que seja tudo mentira.
Texto extraído do livro “A Traição das Elegantes”.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

(...)


Odeio o domingo, porém não menos que a segunda-feira! O tempo é escasso demais e a correria toma conta da rotina. Coisas da vida...

sábado, 27 de outubro de 2007

Sabadão Musical


Final de semana chegou e nada melhor que uma musiquinha na vitrola, aquele filme que traz mil recordações e uma ótima companhia ao lado. O destaque do dia fica por conta da banda californiana Incubus, formada em meados de 1990, mistura com muita simpatia rock, eletrônico com hip hop e funk, conseguindo assim um som alternativo aliado a vídeos super bacanérrimos. Vale a pena conferir!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Louco ou Revolucionário?


O economista dinamarquês Bjorn Lomborg é a principal referência científica do movimento que questiona as mudanças climáticas – a maior parte dele ligado ao lobby da indústria do petróleo. Desde que publicou o livro O Ambientalista Cético, em 2001, é citado por todos os que negam as evidências de que a Terra está esquentando por causa das atividades humanas. Ou pelos que afirmam que as mudanças podem ser benéficas. Em seu novo livro, Cool It, ele diz que o aquecimento também vai reduzir as mortes no inverno, inclusive em São Paulo.

Exagerado ou não, o livro de Bjorn Lomborg vai na contra-mão do senso comum imposto a ferro e a fogo e abre um espaço saudável para a discussão do que realmente é imaginário e o que é real na causa ambientalista e deveria ser recebido pela comunidade científica, em tese, não como uma “ameaça” ao meio ambiente pura simples e, sim, como algo a ser, no mínimo, investigado para – quem sabe? – se tornar mais uma contribuição para ampliar os horizontes da ciência e do desenvolvimento humano.


Bjorn Lomborg


QUEM ELE É?
Economista dinamarquês, foi eleito como uma das pessoas mais influentes do mundo pelas revistas Time e Business Week e pelo Fórum Econômico Mundial. É vegetariano e ativista gay

O QUE FAZ?
Pesquisador da Escola de Negócios de Copenhague, coordena o Consenso de Copenhague, projeto internacional para estabelecer prioridades globais

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Apresentações

Em um daqueles dias de inspiração, olho para as bonecas que decoram o meu quarto, mas eu odeio bonecas! Vou para o quintal onde sento na terra e brinco com os insetos, as borboletas me aterrorizam. O dia passa tão lento e eu brinco de pintar o céu com meu giz de cera. A hora do almoço é sempre complicada, pois minha comida vira meu brinquedo e eu tento formar frases com minha sopa de letrinhas (porque sempre falta justamente aquela letra que preciso?!), do outro lado da casa minha mãe me olha de cara feia, mas logo volta a conversar com minha avó. Volto para o quintal e um vento frio derruba as flores no chão, formando um grande tapete rosa onde rolo e camuflo num mimetismo quase que animal. Estou sozinha, mas isso não me importa. Só quero brincar e brincar...A noite cai e eu escuto minha mãe me chamar. De repente abro os olhos e vejo o céu azul entrecortado pela persiana e o sol com seus raios a me queimar, minha mãe está dizendo: Krika é hora de acordar!