segunda-feira, 29 de junho de 2009

River Phoenix


Milton Nascimento

Se um dia a gente se encontrar
e eu confessar
que vi um filme tantas vezes
para desvendar os olhos teus
E se a gente se falar
contar as coisas que viveu
o que esperamos do amanhã
será que pode acontecer?
Pois, paralelo ao personagem,
eu quis saber mesmo é de ti

Queria que fosses feliz
uma água calma a inundar
a sua margem de carinho
um peito aberto a quem chegar

Como o teu nome, diferente
Uma paisagem nos induz
Uma paisagem de inocência
Mas que se sabe e que se conduz

Conduz agora este momento
O pensamento e os olhos meus
brilhando de emoção e grato
alguém que só te conheceu
num filme que viu tantas vezes
que este poema aconteceu

. . .

É triste saber que foi tão cedo ...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Todos


A todos trato muito bem. Sou cordial, educada, quase sensata, mas nada me dá mais prazer do que ser persona non grata. Expulsa do paraiso uma mulher sem juízo, que não se comove com nada. Cruel e refinada que não merece ir pro céu. Uma vilã de novela, mas bela, e até mesmo culta. Estranha, com tantos amigos e amada, bem vestida e respeitada. Aqui entre nós melhor, que ser boazinha é não poder ser imitada.